16º Caderno

Amarelo bonito do sol Depois que a chuva caiu
Pela tarde clara de abril

Amarelo bonito do sol
Alegria
No seu de meu Deus Arco íris
Paz , bonança anuncia

Libélola na poça d’água Ligeiro surgiu
Um colibri a procura do mel Depois que a chuva caiu Pela tarde clara de abril

Vejo pingos saltarem no beiral Cintilantes como cristal
É luz de encanto que irradia

A felicidade conduz
Faz um colorido e seduz Meu mundo sorriu

Patacori ogun, meu pai venha me valer
Com a bênçãos de todo orum
Que eu tenha tudo o que eu merecer

Meus caminhos dessa vida não hão de fechar
Pois a fé que eu tenho é forte no meu orixá

Que vence a guerra nessa jornada
O brilho da sua espada, me guiará

Refrão

Cerro os dentes vou de encontro valei-me meu pai
Corro gira, jogo o jogo o medo se esvai

Meu padroeiro santo guerreiro.
Com sua força o que é meu me encontrará.

Eu aqui vou ficando
santa paula do meu lar
sinto estar precisando
quero crer assim ficar
só deus sabe eu não sei
Quando vou te reencontrar
é desejo, é vontade
reviver, te procurar

Você foi e a saudade judia em meu peito
Se ligou em mim um sofrer não tem jeito no leito
É amor fogo ardente sentimento pra valer
É desejo de um grito implorando e sufocado em mim

Que seja louco o esperar
Mas eu vou te encontrar só pra mim

É um nó na garganta, é poeira da idade súplica do coração
É motivo de um verso que não tem reverso nessa nossa imensidão
Fico nessa agonia mas eu sei que um dia passa essa sofreguidão
Um dia após o outrou eu faço esse esforço e cumpro a missão

Não aguento mais essa loucura de amar
De amar a qualquer custo
Essa aventura me levou um dinheirão

Estou longe de bancar o seu patrão

Patrícia não quero mais você
que vem lá do panamby mas vive atrás de bamba
não quero isso pra mim
você só ama quem te banca

Ê menino, ê menino
Ê menino, ê menino

Menino que desce a ladeira
Na companhia da noite
O vento lhe sopra o caminho que deve seguir
Nos pés, o sapato furado
Forrado com muito jornal
Em cada esquina que vira se esquiva do mal

Ê menino, e sua estrada da dor
Ê menino, o seu chão quer calor
Que suporta seu corpo magrelo
Que adormece o sonho estéril

Pelegrino da noite ruidosa,
Lança olhar seguro
Sobre a bondade e a maldade que venha lhe rondar
Não soluça o futuro,
nem sequer está presente
Apesar do passado que lhe faz chorar

Ê menino, e sua estrada da dor Ê menino, o seu chão quer calor Que suporta seu corpo magrelo Que adormece o sonho estéril

O samba
É o meu alento
Me leva a bons pensamentos
Quando me ponho a cantar
O samba me faz esquecer por momentos
De toda cruel violência
Que faz a vida atritar

Tenho fé
Minha sublime crença
Que deus com sua benevolência
Me incita um samba canta (2x)

Quando canto
Minha alma se alegra
Meu coração acelera
Me domina a emoção

Pois o samba
É o meu canto maior
É meu sangue meu suor
Minha eterna paixão.

Ê boiadeiro,
Boiadeiro navizala! (2x)
Toque o berrante seu moço pois ele chegou na hora marcada (2x)

Ele vem com chapéu de couro
Com seu ferrão na mão
Ele vem da juremeira
Pra lhe dar muita proteção
Xetrô maruba xetrô
Okê okê arô
Salve seu boiadeiro
Boiadeiro foi quem chegou.

(Refrão)

Chegou na hora marcada
Na hora que tinha que ser
Pois veio de aruanda
Ele veio pra lhe socorrer
Aonde deus fez morada
Mal nenhum há de entrar
Salve seu boiadeiro
Boiadeiro acabou de chegar.

Com o pinho e a dedeira
Pôs-se calmo a caminhar
Abriu mão da vida inteira
Pro samba não se acabar

Com viola, samba e choro
Da triste vida se lembra
Mas jurou a vida melhorar

Pois o bom malandro
Nunca esteve sozinho
Abraçado ao pinho ele só quis cantar

A madrugada companheira
Fez da boemia a sua mulher
Um bom conhaque,
Um coração com fé
Guardando amores na sola do pé

Ele batuca,
Ele batuca
Meu coração não bate
Ele batuca

Batuca ao som do tambor
Pelas mãos do griot E negros
Que sofreram de fato
Pelas mãos do capitão do mato

Batuca na força da fé
No ilê do meu axé
Na umbanda e no cadomblé
Buscando esperança e paz
Respeitando nossos orixás

Batuca na palma da mão
Repique, tarol e surdão
Cavaco, viola e ganzá
O dom e o poder de cantar o samba
Em forma de oração

A malandragem ficou cabrera
Com o alto calibre (2x)
Me refiro ao nível de compositores
Fazendo poesias com o tema livre (2x)

A nata do samba
Estava reunida pra aquele partido
Pra qualquer um entrar
Era quase impossível
Infelizmente no samba
Alguns não são solidários
Mas chegou com respeito
Uns malandro esperto da Vila Tolstói
Com melodia e harmonia que no peito dói
Deixando no samba o seu relicário

Refrão

Sem nenhum preconceito
Poeta, poetisa dividindo verso
Sambistas de estirpe, sambistas completos
Elevando a cultura no mais alto trono
Incomodaram pois não acolheram reciprocidade
Um alicerce do samba é a amizade
Patrimônio nacional que nunca vai ter do no

Ah! Eu sou Nenê
Azul e branco é a cor do meu pavilhão
Ao amanhecer
Não há palavras pra descrever a emoção
Não posso entender
Essa escola ganhou o meu coração

Com meus pés descalços fui te conhecer
Paguei pra ver e não me arrependi
Sua divina procissão
Representando a zona leste da cidade
Fez por onde merecer
O mais belo alvorecer que a coroou
Feliz de quem esteve ali pra ver

Logo mais vai chover
Não quero ver se molhar(2x)
Porquê seu cabelo pode enrrolar(2x)

Ontem você me pediu
Um troco pra ficar bonita

Confusão na cabeça da nega
Tá no penteado(2x)

Refão

Alem de cuidar do cabelo
Ainda me pede um sapato de salto

Pra ir no samba tão bela
Dançar o partido Alto(2x)